Raro
lido em livro findo que nem rindo mexerico vale a pena no tinteiro derramar.
Força caixa entupida de gente, onde ouço vozes escassas,
num abafado estalar de gritos
contidos dos que ousam pensar.
Esmagador vácuo onde imaginam que vivem, hora enganam
se que submersos pensar existir.
Engano
de vida, ilhada, que assim sonham viver.
Nesta caixa lotada de gente, meu
coração sangra só, como se atolada sufoca-me o entrelaçar de viver, que seria conviver,
imóvel morro sufocada pela cegueira alheia, que as correntes de ar hiper ventila, mata a sufocar, desoxigenamento cerebral, amputamento venoso, torrentes de ar,
não respiro, apneia, dur mo no escuro, no seio da noite.