Nasci para viver feito índio, nu em meio à selva, sem pilantragem. Não consigo infiltrar-me as formalidades vigentes, a burocracia impregnada, e a cordialidade cheirando hipocrisia. Queima-se a erva daninha e o cheiro podre de quem mal pode andar entre fraternos. Não nasci para viver nesta selva de pajés ambiciosos, sorrisos entre dentes e carniça do próximo. Tudo o que eu quero é sorrir verdadeiro, enxergar amigos, pessoas sinceras, sem recear pisar falso. Preciso andar nesta mata de abutres, cães e diabos, preciso de um filtro que me de passagem, uma luz que traga a visão, um coração de pedra para não sofrer com este bando de selvagens engravatados. A duras penas: penalidade máxima; viver entre antropófagos, comendo uns aos outros. Entre cães e ratos, misturam todos, poucos escapam.
A procura de alguns mecanismos de defesa anteriormente acionados, quase podada trago a certeza que o corpo precisa voar.
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