A procura de alguns mecanismos de defesa anteriormente acionados, quase podada trago a certeza que o corpo precisa voar.
27 de ago. de 2019
23 de mai. de 2019
"História em Quadrinhos (HQ) – One plate"
Nos quadrinhos _One plate_, através dos dois personagens -Richard e Paula - fica nítido no contexto a desigualdade social.
Observa-se a meritocracia, como aborda o autor do livro _Subcidadania Brasileira_, Jessé Souza, que afirma que é pura ignorância acreditar nessa ideia, que é também corroborada pela HQ em questão.
O homem como resultado do meio em que vive, na maioria das vezes, está inserido em uma sociedade em que há uma classe sem chance de sobrevivência digna. Como professores em formação, precisamos perceber as diferenças sociais e suas causas para conhecer o meio onde vivemos, entendê-lo e/ou transformá-lo, permitindo, através da educação aos estudantes e futuros cidadãos, a consciência crítica necessária para que as diferenças sociais sejam amenizadas.
Seria injusto afirmar que o fracasso significa que a luta não foi suficiente, pois as condições não são as mesmas para todos.
É importante acabar com a desigualdade social e com os preconceitos através de uma educação que ilumine mentes a ponto de tirarmos os homens da escravidão onde estamos imersos, a ignorância. Nesta HQ, temos acesso a uma história real e contemporânea onde a maioria das pessoas são como a Paula na vida, funcionando como escravos da injustiça social.
Erika
Fabrício
Daniel
Josefina
Rute
3 de mai. de 2019
Quase
trago a certeza de que o corpo
precisa voar um pássaro e um canto
um passo, uma queda
uma queda e um provável voo
há um pássaro e um canto
assustado em passo e em queda
esperada queda e o instante
voo de um provável abismo
há um pássaro de duras penas
várias asas várias
quedas voos outras quedas
duras penas, vagões
enormes e muitas asas
há um pássaro e o redescobrir
e em meio a tantas quedas
um voo sempre por vir
por que o medo das asas?
por que o medo das aves
que estão em vocês?
por que o medo de voar
se é na palavra voo
que me encontro?
23 de abr. de 2019
Jabuticabeira
"Jabuticabeira pequenina, quando desabuticabeirarizar-te-ás tu? Eu, pequenina jabuticabeira, desabuticabeirarizar-me-ei quando todas as pequeninas jabuticabeiras desabuticabeirarizar-se-ão!"
Análise: Às lágrimas devotas – Manoel Botelho de Oliveira.
“Às lágrimas devota” é o soneto de Manoel Botelho de
Oliveira, poeta do Barroco, que era brasileiro com nacionalidade portuguesa.
Viveu no Barroco, período iniciado através dos jesuítas, no final do século
XVI.
O poeta faz uso de uma linguagem culta, utilizando
figuras de linguagem, tais como: metáfora, antítese, características marcantes
da época. No Barroco a escrita era dirigida aos aristocratas. Observa-se que no
soneto o poeta retrata temas recorrentes à época. Trata-se de um período onde a
catequese era para evangelizar os indígenas.
Vale ressaltar que durante esse período predominou-se
a dominação pelo Evangelho. Existia, escravidão, onde ao converter ocasionou
uma espécie de apagamento cultural. Sempre em nome de Deus, e da igreja.
Este soneto, do poeta brasileiro, inserido neste mesmo tempo traçam as
dores, nas lágrimas mencionadas, em um período onde a igreja exercia grande
poder na sociedade. O poeta traz no soneto: Davi, Pedro e Madalena, todos os
nomes bíblicos. Uma transformação, onde as “culpas mortais” são águas mortas às
lágrimas de dor são águas vivas. Depreende-se que o soneto escrito no século
XVII retrata a triste realidade da época.
Érika Caroline
Josefina Maria
20 de abr. de 2019
Maria ninguém
Onde está o peso da culpa
De todas as mortes
em que indiretamente nunca
participei?!
Na mesquita ou Suzano
Há um esgoto não exposto
na guilhotina
A máscara que não esconde
e ninguém quer ver
Uma mente sem limites
Indigestos, Indefesos, Culposos!
Pedir esmola e negar
Noutro dia ver
um sangue na calçada escorrer
Da mulher que pedia esmola
Para viva permanecer
Droga!
De quem mais é a culpa?
Droga!
De quem mais é a culpa?
Um país que não se arma em flor
Há um broto caído
ainda estilhaça germinar
Vejo sangue em tons
vermelho vivo e escuro
Capaz de não enxergar como pessoa
Matar a velha vista e só seguir cego
na imposta culpa
própria
Vejo sangue em tons
vermelho vivo e escuro
Capaz de não enxergar como pessoa
Matar a velha vista e só seguir cego
na imposta culpa
própria
"Hiberno"
Voltei a hibernar preferindo ficar só diante
tantos fatos acontecidos nos últimos dias. Enxergar e confiar piora
constantemente, processo seletivo. Tempos difíceis em nuvem cabulosa. A vida
não é fácil, e eu ainda tenho um pouco de menina atrelada a velha ranzinza, só
para complicar. Tantos escuros, tantas caras feias mascaradas de falsas.
Escaras de um passado vindo. Hiberno sol, solto o sonho enquanto durmo, mas
tudo poderia ser bem melhor se não fosse o tal condicionamento de outrora.
Novos dias com retorno ao transtorno, permito-me escrever. Hiberno
15 de abr. de 2019
Há males em processo de mutação. Pode chegar o escuro, não há tempo para pesar medos. Só uma ansiedade maldita, ou bendita, avança neste vasto castelo de processos precisos. Cria-se uma máscara de desespero que afeta fantasmas, tolos personagens criados na história. Vale transcorrer essa passagem de luz, onde fantasmas da alma não aparecem; ou não precisa que lá estejam. Quero enfincar, e é preciso mais que o voo, entretanto temos esse lugar que prolonga a chama com boas energias. Tem o aprendizado desprovido de "preconceitos" na maioria. Há alguns príncipes cegos, muitos reis míopes, outros astigmáticos, um mundo manco precisa de letramento mil.
4 de mar. de 2019
voandoazul
Há males em processo de mutação. Pode chegar o escuro, não há tempo para pesar medos. Só uma ansiedade maldita, ou bendita, avança neste vasto castelo de processos precisos. Cria-se uma máscara de desespero que afeta fantasmas, tolos personagens criados na história. Vale transcorrer essa passagem de luz, onde fantasmas da alma não aparecem; ou não precisa que lá estejam. Quero enfincar, e é preciso mais que o voo, entretanto temos esse lugar que prolonga a chama com boas energias. Tem o aprendizado desprovido de "preconceitos" na maioria. Há alguns príncipes cegos, muitos reis míopes, outros astigmáticos, um mundo manco precisa de letramento mil.
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