"Jabuticabeira pequenina, quando desabuticabeirarizar-te-ás tu? Eu, pequenina jabuticabeira, desabuticabeirarizar-me-ei quando todas as pequeninas jabuticabeiras desabuticabeirarizar-se-ão!"
A procura de alguns mecanismos de defesa anteriormente acionados, quase podada trago a certeza que o corpo precisa voar.
23 de abr. de 2019
Análise: Às lágrimas devotas – Manoel Botelho de Oliveira.
“Às lágrimas devota” é o soneto de Manoel Botelho de
Oliveira, poeta do Barroco, que era brasileiro com nacionalidade portuguesa.
Viveu no Barroco, período iniciado através dos jesuítas, no final do século
XVI.
O poeta faz uso de uma linguagem culta, utilizando
figuras de linguagem, tais como: metáfora, antítese, características marcantes
da época. No Barroco a escrita era dirigida aos aristocratas. Observa-se que no
soneto o poeta retrata temas recorrentes à época. Trata-se de um período onde a
catequese era para evangelizar os indígenas.
Vale ressaltar que durante esse período predominou-se
a dominação pelo Evangelho. Existia, escravidão, onde ao converter ocasionou
uma espécie de apagamento cultural. Sempre em nome de Deus, e da igreja.
Este soneto, do poeta brasileiro, inserido neste mesmo tempo traçam as
dores, nas lágrimas mencionadas, em um período onde a igreja exercia grande
poder na sociedade. O poeta traz no soneto: Davi, Pedro e Madalena, todos os
nomes bíblicos. Uma transformação, onde as “culpas mortais” são águas mortas às
lágrimas de dor são águas vivas. Depreende-se que o soneto escrito no século
XVII retrata a triste realidade da época.
Érika Caroline
Josefina Maria
20 de abr. de 2019
Maria ninguém
Onde está o peso da culpa
De todas as mortes
em que indiretamente nunca
participei?!
Na mesquita ou Suzano
Há um esgoto não exposto
na guilhotina
A máscara que não esconde
e ninguém quer ver
Uma mente sem limites
Indigestos, Indefesos, Culposos!
Pedir esmola e negar
Noutro dia ver
um sangue na calçada escorrer
Da mulher que pedia esmola
Para viva permanecer
Droga!
De quem mais é a culpa?
Droga!
De quem mais é a culpa?
Um país que não se arma em flor
Há um broto caído
ainda estilhaça germinar
Vejo sangue em tons
vermelho vivo e escuro
Capaz de não enxergar como pessoa
Matar a velha vista e só seguir cego
na imposta culpa
própria
Vejo sangue em tons
vermelho vivo e escuro
Capaz de não enxergar como pessoa
Matar a velha vista e só seguir cego
na imposta culpa
própria
"Hiberno"
Voltei a hibernar preferindo ficar só diante
tantos fatos acontecidos nos últimos dias. Enxergar e confiar piora
constantemente, processo seletivo. Tempos difíceis em nuvem cabulosa. A vida
não é fácil, e eu ainda tenho um pouco de menina atrelada a velha ranzinza, só
para complicar. Tantos escuros, tantas caras feias mascaradas de falsas.
Escaras de um passado vindo. Hiberno sol, solto o sonho enquanto durmo, mas
tudo poderia ser bem melhor se não fosse o tal condicionamento de outrora.
Novos dias com retorno ao transtorno, permito-me escrever. Hiberno
15 de abr. de 2019
Há males em processo de mutação. Pode chegar o escuro, não há tempo para pesar medos. Só uma ansiedade maldita, ou bendita, avança neste vasto castelo de processos precisos. Cria-se uma máscara de desespero que afeta fantasmas, tolos personagens criados na história. Vale transcorrer essa passagem de luz, onde fantasmas da alma não aparecem; ou não precisa que lá estejam. Quero enfincar, e é preciso mais que o voo, entretanto temos esse lugar que prolonga a chama com boas energias. Tem o aprendizado desprovido de "preconceitos" na maioria. Há alguns príncipes cegos, muitos reis míopes, outros astigmáticos, um mundo manco precisa de letramento mil.
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