Onde está o peso da culpa
De todas as mortes
em que indiretamente nunca
participei?!
Na mesquita ou Suzano
Há um esgoto não exposto
na guilhotina
A máscara que não esconde
e ninguém quer ver
Uma mente sem limites
Indigestos, Indefesos, Culposos!
Pedir esmola e negar
Noutro dia ver
um sangue na calçada escorrer
Da mulher que pedia esmola
Para viva permanecer
Droga!
De quem mais é a culpa?
Droga!
De quem mais é a culpa?
Um país que não se arma em flor
Há um broto caído
ainda estilhaça germinar
Vejo sangue em tons
vermelho vivo e escuro
Capaz de não enxergar como pessoa
Matar a velha vista e só seguir cego
na imposta culpa
própria
Vejo sangue em tons
vermelho vivo e escuro
Capaz de não enxergar como pessoa
Matar a velha vista e só seguir cego
na imposta culpa
própria