TAIS ANJOS PERTURBADOS




Tais Anjos Perturbados

Há almas inquietas que jamais carregam paz.

Sorriem com falsidade polida, iluminadas por luz opaca —

crentes de que fazem o bem, 

sem notar o mal que escorre de suas próprias 

mãos.

Tolos tristes, presos a carmas antigos, 

tentando convencer-se de virtudes que não

 possuem.

Prestes a cair, exercem maldades miudas, 

sem saber que o que destroem primeiro

é o que há dentro delas.

Vi anjos berrando como crianças, 

outros silenciando por medo de negar.

Luz e trevas convivem sob o mesmo teto — 

anjos e demônios, eu e vocês, 

à beira do mesmo abismo.

E ainda assim, resta-me o voo azul.

Um voo de paz.

As almas irrequietas não compreendem 

que a simplicidade é a revolução mais alta.

Sorriem sem perceber que já perderam a salvação.

E os que ainda veem... fiingem desconhecer. 

Perdoai-vos, mesmos, Senhor